ESTE ESTUDO FOI EXTRAIDO DO LIVRO O LIDER DE FÉ, DO FREI ELIAS VELLA, DA EDITORA PALAVRA E PRECE.
Como você
deve saber, zelo vem do grego, da palavra zelos, e que significa
chegar ao ponto de ebulição; portanto, algo que se torne quente.
Extraindo do hebreu ginah, zelo refere-se àquela pessoa que fica com
a face corada. A raiz da palavra indica termos que traduzem
sentimentos emocionais fortes.
Entretanto,
as emoções podem nascer de fontes tanto positiva como negativas,
variando desde o amor desinteressado pelos outros ao sentimento de
vingança ou ódio. Portanto, o zelo é bom ou ruim, dependendo de
suas motivações.
O zelo é
aquele cuidado que temos com as pessoas e com as coisas. Entendemos
que o zelo é um dom de Deus. É a motivação que vem do Alto, e se
vem de Deus, não são as distrações deste mundo ou tribulações
que impedirão de ser zeloso.
No
entanto, isto não é mero entusiasmo. É mais que isto. Não é
simplesmente aquela inclinação natural que sentimos para ajudarmos
aos outros. Acontece muitas vezes, por uma razão ou outra, que este
entusiasmo natural se definha, enfraquece. Mas o zelo não
enfraquece.
Observe
Jesus. Ele foi perseguido e incompreendido, mas Seu zelo não
diminuiu e Ele continuou a evangelizar. Seu zelo estava na Cruz: lá
na Cruz, Ele perdoou seus inimigos e nos deu Maria como um presente.
Portanto o zelo ainda está lá.
Temos
aqui o exemplo de Madre Tereza de Calcutá. Hoje, é revelado que
Madre Tereza passou anos e anos numa noite escura em sua vida
espiritual. A noite escura de Madre Teresa era terrível: ela não
sentia mais a existência de Deus. Em seu leito de morte, o Bispo
teve que enviar um exorcista apenas para consola-la e dizer-lhe que
Deus estava com ela e durante este período de escuridão em sua
vida, ela não perdeu seu zelo e continuou com o mesmo zelo a
trabalhar em nome de Deus, em benefício dos pobres. Às vezes, nós
servos passamos estes momentos de crise e ficamos desanimados e
alguns de nós interrompemos a nossa caminhada, mas Madre Tereza
não interrompeu sua caminhada; ela continuou, apesar da noite escura
que estava vivendo, e isto fez a diferença entre entusiamo
e zelo.
Veja agora a vida de Paulo. Ele sentiu desanimo quando esteve na
prisão, pois ninguem ia visita-lo. Ele dizia claramente: “ninguém
vei me visitar”. Ele sentiu desânimo quando se formaram faccções,
onde alguns diziam: “Eu sou de Apolo”; ou “Eu sou de Paulo”.
Alguns diziam “Nós somos de Jesus”, querendo dizer com isso que
não precisavam de ninguém para conduzi-los; consideravam-se
conduzidos por Jesus.
O
entusiasmo nos faz subir e descer em nossas emoções. Quando nos
sentimos entusiasmados, temos sonhos e visões, projetamos coisas,
mas depois no momento em que o entusiasmo esfria, tudo acaba.
O zelo
considera Deus. O fanatismo considera algo a respeito de Deus, mas
não de Deus. Algum poderá ser fanático pela lei, como eram os
zelotas e os fariseus.
No tempo
de Jesus havia um grupo que tinham um grande zelo pela lei de Deus,
estes eram os zelotas. O zelo era tão ardoroso pela lei de Deus, que
eles queriam travar guerra contro os romanos para expulsa-los da
Palestina. deste grupo faziam parte Barrabas, Judas Escariotes, Joao
e Thiago.
O zelo
não deve definhar quando temos uma crise,uma dificuldade ou uma
perseguição, enquanto que o entusiasmo humano definha-se em tais
circunstâncias. Portanto, torna-se evidente o quanto é importante
pedir continuamente ao Divino Espirito Santo pelo dom do zelo.
Peça a
Deus para ungi-lo com este zelo. Não se trata de um dom que o
Espirito Santo queira dar a alguns e a outros não. Ele deve ser um
das características de todo o padre e de todo cristão. Um discípulo
de Jesus que não seja vibrante não é um cristão de verdade. Nós
já o temos, mas este não se acha sempre ativo e plenamente
desenvolvido em alguns de nós. E por isso, nunca esqueça: uma
pessoa zelosa é sempre uma pessoa de oração.
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