quarta-feira, 1 de maio de 2013

ENTRE O ENTUSIAMO E O ZELO

ESTE ESTUDO FOI EXTRAIDO DO LIVRO O LIDER DE FÉ, DO FREI ELIAS VELLA, DA EDITORA PALAVRA E PRECE. 

Como você deve saber, zelo vem do grego, da palavra zelos, e que significa chegar ao ponto de ebulição; portanto, algo que se torne quente. Extraindo do hebreu ginah, zelo refere-se àquela pessoa que fica com a face corada. A raiz da palavra indica termos que traduzem sentimentos emocionais fortes.

Entretanto, as emoções podem nascer de fontes tanto positiva como negativas, variando desde o amor desinteressado pelos outros ao sentimento de vingança ou ódio. Portanto, o zelo é bom ou ruim, dependendo de suas motivações.

O zelo é aquele cuidado que temos com as pessoas e com as coisas. Entendemos que o zelo é um dom de Deus. É a motivação que vem do Alto, e se vem de Deus, não são as distrações deste mundo ou tribulações que impedirão de ser zeloso.

No entanto, isto não é mero entusiasmo. É mais que isto. Não é simplesmente aquela inclinação natural que sentimos para ajudarmos aos outros. Acontece muitas vezes, por uma razão ou outra, que este entusiasmo natural se definha, enfraquece. Mas o zelo não enfraquece.

Observe Jesus. Ele foi perseguido e incompreendido, mas Seu zelo não diminuiu e Ele continuou a evangelizar. Seu zelo estava na Cruz: lá na Cruz, Ele perdoou seus inimigos e nos deu Maria como um presente. Portanto o zelo ainda está lá.

Temos aqui o exemplo de Madre Tereza de Calcutá. Hoje, é revelado que Madre Tereza passou anos e anos numa noite escura em sua vida espiritual. A noite escura de Madre Teresa era terrível: ela não sentia mais a existência de Deus. Em seu leito de morte, o Bispo teve que enviar um exorcista apenas para consola-la e dizer-lhe que Deus estava com ela e durante este período de escuridão em sua vida, ela não perdeu seu zelo e continuou com o mesmo zelo a trabalhar em nome de Deus, em benefício dos pobres. Às vezes, nós servos passamos estes momentos de crise e ficamos desanimados e alguns de nós interrompemos a nossa caminhada, mas Madre Tereza não interrompeu sua caminhada; ela continuou, apesar da noite escura que estava vivendo, e isto fez a diferença entre entusiamo e zelo.

Veja agora a vida de Paulo. Ele sentiu desanimo quando esteve na prisão, pois ninguem ia visita-lo. Ele dizia claramente: “ninguém vei me visitar”. Ele sentiu desânimo quando se formaram faccções, onde alguns diziam: “Eu sou de Apolo”; ou “Eu sou de Paulo”. Alguns diziam “Nós somos de Jesus”, querendo dizer com isso que não precisavam de ninguém para conduzi-los; consideravam-se conduzidos por Jesus.

O entusiasmo nos faz subir e descer em nossas emoções. Quando nos sentimos entusiasmados, temos sonhos e visões, projetamos coisas, mas depois no momento em que o entusiasmo esfria, tudo acaba.

O zelo considera Deus. O fanatismo considera algo a respeito de Deus, mas não de Deus. Algum poderá ser fanático pela lei, como eram os zelotas e os fariseus.

No tempo de Jesus havia um grupo que tinham um grande zelo pela lei de Deus, estes eram os zelotas. O zelo era tão ardoroso pela lei de Deus, que eles queriam travar guerra contro os romanos para expulsa-los da Palestina. deste grupo faziam parte Barrabas, Judas Escariotes, Joao e Thiago.

O zelo não deve definhar quando temos uma crise,uma dificuldade ou uma perseguição, enquanto que o entusiasmo humano definha-se em tais circunstâncias. Portanto, torna-se evidente o quanto é importante pedir continuamente ao Divino Espirito Santo pelo dom do zelo.

Peça a Deus para ungi-lo com este zelo. Não se trata de um dom que o Espirito Santo queira dar a alguns e a outros não. Ele deve ser um das características de todo o padre e de todo cristão. Um discípulo de Jesus que não seja vibrante não é um cristão de verdade. Nós já o temos, mas este não se acha sempre ativo e plenamente desenvolvido em alguns de nós. E por isso, nunca esqueça: uma pessoa zelosa é sempre uma pessoa de oração.


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