segunda-feira, 27 de abril de 2015

O SILÊNCIO DE MARIA

Depois do Pentecostes, o silêncio da Santíssima Virgem Maria é, a princípio, quase incompreensível, pois a Mãe de Jesus esteve presente, nos atestam a Palavra de Deus e a Tradição, nos três momentos constitutivos do mistério de Cristo e da Igreja: a Encarnação no Verbo, o Mistério Pascal e o Pentecostes1. No Cenáculo, Nossa Senhora está presente juntamente com algumas mulheres, mas, num plano superior, não somente em relação a elas, mas também aos apóstolos. A Virgem Maria está presente como “Mãe de Jesus”2! Isso significa que “o Espírito Santo, que está por vir, é ‘o Espírito do seu Filho’! Entre ela e o Paráclito há uma ligação objetiva e indestrutível, que é o próprio Jesus que juntos geraram”3. No Calvário, Maria está aos pés da cruz de Jesus como Mãe da Igreja; no Cenáculo, ela se mostra como madrinha: “uma batizada pelo Espírito que, agora, apresenta a Igreja para o batismo do Espírito. Se os batizados são adultos, a madrinha assiste-os na preparação; é o que Maria fez com os apóstolos e faz conosco”4. Mas, depois do Pentecostes, quando os apóstolos e os discípulos de Jesus foram batizados pelo Espírito Santo, a Mãe de Cristo desaparece, no mais profundo silêncio. Como entender esse silêncio de Maria na Palavra de Deus depois do Pentecostes?
Nossa Senhora e o Espírito Santo
Para entender o silêncio de Nossa Senhora não podemos partir da Palavra de Deus, pois não há nenhuma fonte escrita que nos dê informações a respeito dela. Porém, por indução, a partir dos frutos e das realizações que a Palavra produziu na Igreja, podemos extrair da experiência dos santos algo que diz respeito à vida interior da Mãe da Igreja, pois há leis e elementos constantes no campo da vida espiritual e da santidade dela. Por isso, a partir da experiência dos santos e das santas, que deixaram suas famílias, seus trabalhos e seus bens para se dedicarem inteiramente a Deus, numa vida silenciosa e escondida, podemos compreender melhor o silêncio de Maria depois do Pentecostes, que marca o início da missão da Igreja.
A Virgem Maria “foi a primeira monja da Igreja. Depois de Pentecostes, é como se ela tivesse entrado para uma clausura”5. A vida de Nossa Senhora, agora, “está escondida com Cristo em Deus”6. Da mesma forma que na vida dos santos, o silêncio de Maria é o argumento mais seguro e eloquente de todos. “Maria inaugurou, na Igreja, aquela segunda alma ou vocação, que é a alma escondida e orante, ao lado da alma apostólica e ativa”7. Os apóstolos, depois de receber o Espírito Santo, vão logo às praças para pregar8, fundam e dirigem igrejas9, enfrentam processos10 e convocam um Concílio11. Mas a respeito de Maria nada se fala, pois ela permanece unida em oração com as mulheres no Cenáculo. Dessa forma, o silêncio dela nos mostra que, na Igreja, o serviço na construção do Reino dos Céus não é tudo, são indispensáveis as almas orantes que o sustentam.
Nossa Senhora é o “protótipo e o modelo acabado”12 da Igreja. A Mãe de Deus é imagem da Igreja “enquanto arquétipo, isto é, enquanto ‘ideia’ realizada de forma perfeita e inigualável”13. Para compreender esse carisma de Maria, voltemo-nos à experiência de Santa Teresinha do Menino Jesus, na descoberta de sua vocação na Igreja. Depois de ler a descrição dos carismas feita por São Paulo, Teresinha “teria desejado ser apóstolo, sacerdote, mártir… […] Esses desejos tinham-se tornado para ela um verdadeiro martírio, até que, um dia, eis a descoberta: o Corpo de Cristo tem um coração que move todos os membros e sem o qual tudo pararia. E no auge da alegria, exclamou: ‘No coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor e assim serei tudo!’14” Naque dia, Santa Teresinha descobriu a vocação de Maria: ser, na Igreja, o coração que ama, o coração que ninguém vê, mas que tudo move; sem ele, todo o seu corpo pararia.
Assim, a presença da Virgem Maria na Igreja foi, e continua sendo, presença orante e silenciosa, escondida aos olhos dos homens. Essa é a vocação dos religiosos e religiosas, que também diz respeito à vocação dos leigos e leigas na Igreja. Essa vocação ao silêncio, ao escondimento e à oração foi revelada a Santa Faustina, em um momento de oração, pela própria Mãe de Jesus: “Vossa vida deve ser semelhante a minha: silenciosa e oculta, continuamente unida a Deus, em súplica pela humanidade e a preparar o mundo para a segunda vinda de Deus”15. Acolhamos essas palavras de Nossa Senhora e procuremos vivê-la com uma vida silenciosa e oculta, continuamente unida a Deus, em oração suplicante pela salvação da humanidade, preparando o mundo para a segunda vinda de Jesus Cristo. Essa é a vocação de Maria e a nossa vocação, a vocação da Igreja: no silêncio, no escondimento e na oração, ser o coração que ama e que tudo move, para preparar um povo bem disposto para a vinda de Cristo e para o Reino dos Céus. Nossa Senhora, Mãe da Igreja, rogai por nós!

MAIO MÊS DE MARIA


O SEGREDO DE MARIA 

Padre Jonas e Luzia Santiago

Trabalhe e reze. Fique em silêncio,
reze, ame e reze. Escute e reze.
Não discuta, não queira ter razão: cale-se.
Não julgue, não condene: ame.
Não olhe, não queira saber: abandone-se.
Não arrazoe, não entre na profundidade
dos problemas: creia.
Não se agite, não procure fazer: reze.
Não se inquiete, não se preocupe: tenha fé.
Quando você fala, Deus se cala
e você diz coisas equivocadas.
Quando discute, Deus é esquecido e você peca.
Quando você argumenta, Deus é humilhado
e você pensa em coisas vãs.
Quando você se apura, Deus é distanciado
e você tropeça e cai.
Quando você se agita, Deus é lançado fora
e você fica na obscuridade.
Quando você julga o irmão, Deus é crucificado
e você se julga a si mesmo.
Quando você condena o irmão, Deus morre
e você se condena a si mesmo.
Quando desobedece, Deus fica distante e você morre

O Segredo do homens e mulheres de fogo


A PROMESSA É PARA VOCÊ



Depois disso, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões. Naqueles dias, derramarei também o meu Espírito sobre os escravos e as escravas. Farei aparecer prodígios no céu e na terra, sangue, fogo e turbilhões de fumo. O sol converter-se-á em trevas e a lua, em sangue, ao se aproximar o grandioso e temível dia do Senhor. Mas todo o que invocar o nome do Senhor será poupado, porque, sobre o monte Sião e em Jerusalém, haverá um resto, como o Senhor disse, e entre os sobreviventes estarão os que o Senhor tiver chamado. Joel 3,1-2
Essas promessas foram realizadas 500 anos antes de Cristo. Jesus ordenou aos seus discipulos que não se afastassem de Jerusalém e aguardassem ali o cumprimento da promessa do Pai. Eles iriam receber a Força do Alto e seriam testemunhas de Jesus em Jerusalém e até aos confins do mundo. Eles perseveraram em oração no Cenáculo com Maria. De repente desceu sobre eles como labareda de fogo e ficaram plenos do Espírito Santo e começaram a orar em línguas e a profetizarem. Foi dessa forma que a Igreja Católica Romana surgiu: de uma experiência pentecostal, nasceu no fogo do Espirito Santo. Deus tinha cumprido a promessa!

Porém gostaria de pegar a passagem bíblica acima para nos aprofundar mais sobre o tema. A promessa que Deus fez não era somente ter visões, sonhos, profetizar, curar entre outros. A promessa que Deus nos fez é uma promessa de uma amizade.

É como se Deus olhasse para mim e para você e perguntasse se queríamos ser amigos de Deus. Se a nossa resposta é  sim, Deus faz uma aliança conosco derramando sobre nós o seu Espirito. No antigo testamento o Espírito era dado para realização de uma missão, após cumprida essa missão o Espírito Santo saia da vida daquela pessoa, nos tempos de hoje Deus derrama seu Espírito para todos que querem tê-lo como seu Amigo.

Com o advento do novo testamento Deus quer caminhar conosco, Deus quer ser o nosso amigo. E como é gostoso ter um amigo. Um amigo verdadeiro chega a tirar a própria camisa do corpo para dar ao seu amigo. Quem tem um amigo verdadeiro encontrou um verdadeiro tesouro, ele se torna para nós um porto seguro em nossas aflições. Temos a certeza que os nossos amigos verdadeiros,  principalmente provada em Deus não nos darão as costas. Muito pelo contrário, estenderá as mãos para nos ajudar a levantar.

Mas eu tenho algo para lhes contar: por melhor que sejam os nossos amigos não chegam aos pés quando temos como amigo o próprio Deus.

Você pode até me perguntar o que eu ganho quando tenho Deus como amigo? Pegue o salmo 22 e  verá o que você ganha quando  tem Deus como amigo: Ele te conduz as verdes pastagens e as aguas mansas, refrigera a sua alma, guia nas veredas da justiça, e se andar no vale da sombra da morte o seu Amigo estará contigo, prepara a mesa a vista dos inimigos, unge a sua cabeça e transbordara a  sua taça.

E de lambuja teremos os carismas acima mencionado. Os dons extraordinário  sãos  frutos da amizade com Deus. Só é dado para aqueles que caminham na presença do Senhor. Vale ou não vale apena ter como amigo Deus? E o que você está esperando para não começar agora essa amizade com Deus? Só temos a ganhar quando escolhemos Deus como nosso amigo!

Há uma promessa para você: Derramarei sobre todos o meu Espirito... Porém tem um detalhe, toda promessa de Deus está vinculado há um mandamento. As promessas de Deus tem duas realidades:

·         o agir de Deus, que é certo
·         o obedecer do homem, que é incerto

Para que as muralhas de Jericó fossem derrubadas foi preciso darem sete voltas; para que o leproso Naamã ficasse curado do seu mal tinha que se lavar sete vezes no rio Jordão; para que o vinho novo acontecesse alguém precisou carregar as 6 talhas de água; só houve a ressurreição de Lázaro porque alguém retirou a pedra do tumulo...

Se não vivermos a obediência nunca experimentaremos as promessas de Deus, porque Deus não compactua com pessoas desobedientes. Mas você me pergunta obedecer a Deus no quê? Eu te direi: obedecer a Palavra de Deus, obedecer aos mandamentos da Igreja, obedecer a coordenação do grupo de oração.

Obedecer a Palavra de Deus: precisamos criar habito de leitura orante e ficar atento naquilo que Deus pede para nós. Viver radicalmente a Palavra de Deus. Assim como Jesus é o Verbo de Deus encarnado é preciso que a Palavra de Deus encarne em nossa alma e no nosso espírito.

Obedecer aos Mandamentos da Igreja: Você conhece os mandamentos da Igreja e o magistério da Igreja? Não!?  Então procure conhece-los. Jesus falou para os seus Apóstolos o que eles ligarem na terra será ligado no céu; o que eles desligarem na terra será desligado no céu.

Vamos dar um exemplo:  o 1º mandamento da igreja é guardar o domingo e os dias de festa. Realmente temos guardado os domingos e os dias de festas litúrgicas da Igreja? Vamos verificar. A semana santa é a semana mais importante do calendário litúrgico. Participamos da quinta-feira santa, da sexta-feira santa, sábado santo e domingo de Pascoa?  Guardamos esses dias? Se não guardamos esses dias estamos cometendo uma falta grande. Um pecado mortal que só será reparado por confissão.

Obedecemos a coordenação do grupo de oração: o pedido da coordenação do grupo de oração é um mandato de Deus. Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz.

Ora, se não obedecemos a Palavra de Deus, se não estamos nem aí com o que a Igreja pensa, e damos de costas aos pedidos da coordenação como queremos que Deus cumpre com as suas promessas em nossa vida se somos desobedientes?

Você pode até discordar de minhas idéias e eu respeitarei a sua opinião. Mas eu não estou apresentado as minhas idéias e sim o que a Igreja pensa. Discordar do que eu estou escrevendo é discordar daquilo que a Igreja pensa. E isso é grave.

“Samuel replicou-lhe: Acaso o Senhor se compraz tanto nos holocaustos e sacrifícios como na obediência à sua voz? A obediência é melhor que o sacrifício e a submissão vale mais que a gordura dos carneiros.  A rebelião é tão culpável quanto a superstição; a desobediência é como o pecado de idolatria. Pois que rejeitaste a palavra do Senhor, também ele te rejeita e te despoja da realeza!” Samuel 15, 22-23.

O que você acabou de ler é a palavra de Deus! Não são minhas palavras.

Jesus depois de ressucitado apareceu para mais de 500 pessoas. O Senhor ordenou-lhes que ficassem em Jerusalém e aguardassem o cumprimento da promessa do Pai. Porém chegado o dia de Pentecostes os que estavam reunidos no cenáculo eram apenas 120 pessoas. Onde estão as 380 pessoas que ouviram e viram Jesus ressuscitado? 

Eles desobedeceram a voz de Deus e ficaram de fora desse maravilho e histórico evento. Jesus dá para mim e para você também essa ordem: não se afastassem de Jerusalém. Jerusalém para nós é a Igreja Católica, é o grupo de oração. E é ali que acontece o batismo no Espírito Santo, é no grupo de oração que o Senhor derramará o seu Espírito Santo e fará uma aliança com o seu povo.

Quantas pessoas  inventam mil desculpas para não irem ao grupo de oração e participar pelo menos da Santa Missa dominical; e porque não estão perseverando no grupo de oração e na missa nunca experimentaram a provisão de amor para suas vidas, pelo menos de maneira mais profunda.

Existe uma profecia do avivamento para o nosso tempo: a 3ª onda. A primeira onda aconteceu em Jerusalém no surgimento da Igreja; a 2ª onda aconteceu no ano de 1964 nos EUA  e surgiu a RCC; a 3ª onda acontecerá antes da vinda gloriosa de Jesus, um derramamento tão grandioso que uma multidão de pessoas voltarão para Igreja. Então Jesus aparecerá no céu com os seus anjos para resgatar a sua igreja. Se nós tivermos dentro da Igreja seremos arrebatados juntamente com ela, porém se nós nos perdermos pelo caminho correremos o risco de ficarmos para traz.


Marlon Cezar Faria
Formador




LECTO DIVINA DE UM VERSÍCULO