segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Dinâmica da semente e da ressurreição



O verdadeiro sentido do Natal


O verdadeiro significado do Natal é o amor. João 3:16-17 diz: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." O verdadeiro significado do Natal é a celebração deste ato de amor incrível.

A verdadeira história do Natal é a história de Deus se tornando um ser humano na Pessoa de Jesus Cristo. Por que Deus fez isso? Porque Ele nos ama! Por que o Natal foi necessário? Porque precisávamos de um Salvador! Por que Deus nos ama tanto? Porque Ele é o próprio amor (1 João 4:8). Por que celebramos o Natal a cada ano? Como gratidão pelo que Deus fez por nós, lembramo-nos do Seu nascimento através da troca de presentes, quando o adoramos e ao sermos especialmente conscientes dos pobres e dos menos afortunados.

O verdadeiro significado do Natal é o amor. Deus amou os Seus e forneceu uma maneira -- a única maneira -- para passarmos a eternidade em Sua presença. Ele deu o Seu único Filho para carregar em nosso lugar a punição por nossos pecados. Jesus pagou o preço por completo e, quando aceitamos esse dom gratuito do amor, somos livres da condenação. "Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Romanos 5:8).

domingo, 7 de dezembro de 2014

NÃO DEIXEM HERODES MATAR O MENINO JESUS!

O natal está se aproximando e uma atmosfera de alegria se espalha no ar. Tudo fica mais bonito nesta época: as casas ficam enfeitadas, a expectativa da ceia do natal, presentes, viagens, ficamos mais sensível quando se aproxima esse lindo dia... porém existe uma conspiração diabólica de matar o natal de Jesus nos corações dos homens.

Assim como o rei Herodes tentou matar o Menino Jesus, o Herodes do nosso tempo usa meios modernos para que pouco a pouco vá matando o natal de Jesus no coração do homem. Trocaram um velho barrigudo fabricado pela Coca-Cola pelo menino Jesus e desta forma querem induzir as crianças em acreditar mais no Papai Noel do que de Jesus. Falem do amor ao próximo, mas não falem do Menino Jesus! Por que o Mundo tem tanto medo desse Menino?

É urgente cristificar o natal! Isso deve partir de cada um de nós. Advento é um tempo oportuno para nos preparar para a vinda de Jesus que virá no natal, afinal nós estamos vivendo o tempo litúrgico. Tempo de graça especiais a nos esperar. Esforcemo-nos para buscar a confissão, reconciliemos com quem precisamos reconciliar, vamos a missa e o nosso natal será diferente.

Interessante que muitas pessoas nesta época em vez de ficarem felizes porque o natal se aproxima ficam deprimidas. Isso acontece porque ou perderam pessoas queridas próximas desta data ou lembranças tristes marcaram suas vidas e por causa de situações mal resolvidas dentro de si não conseguem comemorar o natal porque não permitiram o natal acontecer dentro dos seus corações.

Quando somos convidado para o aniversário de alguém levamos um presente. Natal é o aniversário de Jesus e neste dia é Ele que quer se dar de presente a você. Por isso eu te digo não deixe que o Herodes deste mudo mate o natal em seu coração!


Se o teu natal foi sempre o mesmo te convido fazer um natal diferente: o que precisa para que ele seja diferente? Você já sabe a resposta. É Deus trabalhando em seu coração. Não deixe para amanhã. Siga a inspiração que o Espirito Santo lhe concedeu e com certeza você terá pela primeira vez um Feliz e Santo Natal.

Marlon Cezar Faria

PREGAÇÃO DO MONSENHOR JONAS ABIB NO HOSANA 2014

Realmente o Senhor sempre nos deu um instrumento maravilhoso para anunciarmos aquilo que Ele quer. “E eis uma voz a clamar: ‘Preparai o caminho, preparai o caminho do Senhor’”. Este é o trecho de uma música que também diz: “Vejo um rei vindo da montanha”, sim, nós O vemos porque está cada dia mais próxima a vinda do Senhor.
Muita gente pensa que o Advento é simplesmente uma preparação para o Natal, mas é muito mais que isso; é a preparação para a segunda vinda de Jesus. Olhando para a primeira vinda do Senhor, em Belém, somos impulsionados a olhar para frente, para o Senhor que vem uma segunda vez.Hoje a vinda do Senhor está mais próxima do que esteve ontem, mas não tanto como o estará amanhã. Portanto, clamemos: vinde, vinde logo, Senhor Jesus!
A principal leitura de hoje é a segunda Carta de São Pedro 2, 8-14. Hoje existem muitos que são verdadeiros escarnecedores da Igreja e da Palavra de Deus e que até duvidam dos seus ensinamentos. Foi linda a primeira vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas muito mais linda será a Sua segunda vinda gloriosa. Na primeira vez, o Senhor terminou os dias entre nós morto na cruz e, depois, ressuscitou; mas quando vier uma segunda vez, virá sobre as nuvens com poder e glória. Todos os olhos O verão do Oriente ao Ocidente. Tanto aqueles que O amaram e O aceitaram como os que não O aceitaram O verão, pois Ele virá.
Quando o Senhor vier os mortos ressuscitarão, e aqueles que estiverem vivos não precisarão morrer, pois serão transformados em corpos gloriosos. Assim subiremos todos com Ele para os novos céus e a nova terra e estaremos com o Senhor para sempre. Então Ele enxugará todas as nossas lágrimas, não haverá mais luto nem dor; porém, o Senhor precisará também fazer uma grande limpeza sobre a face da Terra. Será terrível, sim, mas somente para aqueles que não quiseram aceitar o Senhor e que levaram uma vida depravada e longe de Deus.
Para nós, que queremos viver com o Senhor até o último suspiro de nossa vida, seremos arrebatados ao encontro d’Ele nos ares. Essa será a coisa mais linda que vai acontecer conosco! A Palavra de Deus, na Segunda Carta de São Pedro, diz que o Senhor não tarda a cumprir Sua promessa, como pensam alguns, achando que demora. Ele está usando de paciência para conosco, pois não deseja que ninguém se perca. Ao contrário, quer que todos se convertam (II Pedro 3,9).
Pense: há vinte, dez, cinco ou um ano atrás, se você morresse ou se o Senhor voltasse, você se salvaria? O Senhor não deseja que nos percamos; ao contrário, Ele quer que todos se salvem. E São Pedro nos dá a dica: “Se desse modo tudo se vai desintegrar, qual não deve ser o vosso empenho numa vida santa e piedosa, enquanto esperais com anseio a vinda do Dia de Deus, quando os céus em chama se vão derreter, e os elementos, consumidos pelo fogo, se fundirão” (II Pedro 3, 11 -12).
Peregrinos participando da Santa Missa presidida por monsenhor Jonas - foto: Daniel Mafra
Peregrinos participando da Santa Missa presidida por monsenhor Jonas – foto: Daniel Mafra
Sobre a base de um homem lutador, cumpridor de suas obrigações e trabalhador é que é talhada a imagem de um homem cristão. Segundo São Paulo, a vontade de Deus, para cada homem, para cada mulher, é a nossa santificação. E pela graça de Deus devemos ser santos. “Que santidade de vida, que respeito para com Deus?”, nossa sociedade atual desrespeita a Deus e os que são de Deus. A nossa santidade de vida apressará a vinda do Senhor, isso está claro nas Sagradas Escrituras (cf. 1 Cor 15).
Em sua primeira vinda Jesus teve um mensageiro, um profeta para preparar o seu caminho, e nesta segunda, que será a final, a derradeira, Ele não quer um profeta, quer muitos deles. Ele quer você como mensageiro do Senhor que vem. Precisamos acreditar, apostar na vinda do Senhor e anunciar essa graça por todos os meios que tivermos para apressarmos Sua vinda. E esta é justamente a palavra de João Batista e deve ser a nossa: “Preparai os caminho do Senhor e endireitai suas estradas”. Há tanta coisa torta em nossas vidas, famílias, onde trabalhamos, em algumas realidades da Igreja, na política, na educação, na jurisprudência e tudo isso precisa ser endireitado agora, enquanto há tempo! Não vamos esperar que o Senhor venha e queime tudo com o Seu fogo! Isso não pode acontecer!
Endireite as coisas entre vocês, casais e com os seus filhos. Você precisa ser uma pessoa vigorosa para arrastar seus pais, seus filhos e filhas para o Senhor. O tempo é agora! Peçamos ao Senhor vigor para salvá-los.
Estamos aqui para, como João Batista, fazer novas todas as coisas com a ajuda do Senhor. O Senhor nos confiou esta tarefa. No finalzinho do Evangelho de hoje, São João afirma que ele não é digno de amarrar as sandálias do Senhor e que Ele viria e batizaria a todos com o Espírito Santo. João fez a parte dele, batizou com água, mas nós precisamos ir em busca do derramamento do Espírito Santo para prepararmos os caminhos do Senhor.
Monsenhor Jonas Abib - Foto: Daniel Mafra
“Endireite as coisas entre vocês, casais e com os seus filhos”, exorta monsenhor Jonas – Foto: Daniel Mafra
Tive a graça de conhecer um pastor evangélico, que recebera o apelido carinhoso de “mister Pentecostes”, porque, por onde quer que ele fosse, falava dos dons do Espírito Santo e instigava as pessoas a rezarem em línguas. Ele era tão importante que o Papa João XXIII o convidou para participar do Concílio Vaticano II. Você precisa ser “mister Pentecostes” também, e não somente ter, mas cultivar a graça do batismo no Espírito Santo. O batismo é como uma flor que precisa ser cultivada, o Senhor quer que você o cultive, principalmente pelo uso dos dons do Espírito.
Os dons d’Ele não são para poucos, são para todos. O cristão que realiza o Evangelho em sua vida precisa cultivar os dons, deve utilizá-los. Todos os dias eu oro em línguas de manhã e à tarde, não faço mais que minha obrigação, essa é uma necessidade, preciso regar a plantinha para ela não morrer. A oração em línguas é como a água jogada na plantinha do batismo no Espírito Santo. Peça: “Batiza-me, Senhor, no Teu Espírito”.
“Caminhai nos meus caminhos e não vos desvieis, o mundo é voraz e está à vossa espreita. Caminhai nos meus caminhos, protejo-vos no meu coração. Eu vos amo, não vos quero perder. Caminhai nos meus caminhos” (Palavra de profecia dada ao monsenhor Jonas pelo Senhor ao final desta homilia).
 Transcrição e adaptação: Rogéria Nair

sábado, 1 de novembro de 2014

O QUE É PRUDÊNCIA?

O que de tão especial possui a virtude da prudência que motivou Santo Tomás de Aquino a dizer que sem ela não há nenhuma virtude? Por que o silêncio sobre o céu, o inferno, a vida eterna mergulhou a Igreja numa crise sem precedentes? E como essa crise se relaciona com a virtude da prudência? É o que Padre Paulo Ricardo explica nessa “Direção Espíritual”. 


sábado, 25 de outubro de 2014

FORMAÇÃO DE PREGADORES

FORMAÇÃO DE PREGADOR

Em vista do curso que estamos ministrando em nosso grupo de oração para a equipe de pregadores, os formandos deverão assistir a palestra e estudar a pregação do Moisés Rocha.

Para aprimorar cada vez mais a nossa pregação é necessário o formando rever os conceitos passado na última aula:

ESTRUTURA DA PREGAÇÃO
  • introdução: apresentação pessoal, ler passagem bíblica e fazer a motivação (não pode ultrapassar a 5 minutos)
  • desenvolvimento: não fugir ao tema e dividir em sub-itens (não ultrapassar a três para uma pregação de 20 minutos; pregar kerigmaticamente um assunto só. (10 minutos)
  • Conclusão: resumir a pregação e fechar com a oração (5 minutos)

PARA SER UM BOM PREGADOR É PRECISO TER:
UNÇÃO, CONHECIMENTO E ORATÓRIA SACRA

REGRAS PARA UM BOM PREGADOR

1 ame os ouvintes da palavra de Deus;
2 pregação diferente do ensino;
3 no grupo de oração deve pregar o kerigma
4 será passado ao pregador o tema e o rhema
5 não ultrapassar o tempo proposto e a unção de Deus
6 não ler mais do que uma passagem bíblica
7 ensaiar a pregação
8 o corpo também fala
9 evitar os erros e os vicios
10 a voz que o pregador prega não é a mesma que fala.

“pregue de tal forma que os seus ouvintes ouvindo, creia, crendo espere, e esperando ame” Santo Agostinho


Uma vez assimilado o ensino deverá o formando assistir o vídeo e ver quais as técnica de pregação que Moisés Rocha usa, ver se ele faz a introdução, desenvolvimento e conclusão, analisar a linguagem corporal o conhecimento e a oratória sacra, entre outros. Segunda-feira iremos partilhar sobre o vídeo e fazer as oficinas. BOM ESTUDO A TODOS!



domingo, 28 de setembro de 2014

CONSAGRA-TE A VIRGEM MARIA!

O mês de outubro é dedicado a Maria, mãe de Jesus e nossa, por isso convido a todos que seguem  esse blog para fazer uma consagração Total a Virgem Maria, que se realizará no 1º domingo de dezembro, 07/12/14,  na capela São Pedro às 09:00hs.

Como será a nossa Consagração? Será nos moldes do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem de São Luis Maria Grignion de Montfort.

Os que quiserem se consagrar dessa forma deverá ler o Tratado, assistir as aulas do Padre Paulo Ricardo que estão neste blog, fazer as orações de preparação (30 dias) e fazer a sua consagração participando da Santa Missa.

O importante para aqueles que farão a consagração que não tenham dúvida sobre qualquer aspecto dessa consagração. Por isso é necessário que estude o Tratado, assista as aulas e se as dúvidas persistirem converse com o seu pároco. A consagração deve ser total: mente, coração e vontade. Senão ela se tornará invalida.

1. Em que a Consagração proposta por São Luis Maria Montfort se diferencia das demais consagrações a Santíssima Virgem?

A Consagração proposta por São Luis é uma Consagração total, da pessoa inteira, como fala na própria fórmula da consagração, em “corpo, alma, bens exteriores, bens interiores, valor das obras boas passadas, presentes e futuras.”
E aqui é importante esclarecer: o que é este valor das boas obras?
Segundo o próprio São Luis explica, é o valor espiritual de todas as nossas obras de virtude, que se dá em 3 aspectos:
- Valor meritório: aumenta o nosso grau de glória no céu..
- Valor satisfatório: diminui a nossa eventual pena no purgatório
- Valor impetratório: é o valor que podemos “aplicar”, oferecendo uma obra de virtude por uma intenção em particular. Por esta consagração, nós nos entregamos inteiros a Virgem, e inclusive entregamos o valor das nossas boas obras, nos despojando daquilo que seria um “direito” nosso, para que Ela possa dispor deste valor livremente, e usar da forma como for melhor.
Por exemplo: por esta consagração à Virgem pode usar o valor de uma boa obra nossa para converter uma pessoa do outro lado do mundo, que nem conhecemos, que só conheceremos no céu! A explicação deste ponto encontra-se nos números 121 a 125 do Tratado.
2. Isto significa que esta consagração é superior as outras formas de consagração a Virgem?
Não necessariamente, se em outra forma de Consagração a pessoa se consagra com a consciëncia e a intenção de, entregando-se totalmente, consagrar também os seus bens espirituais, como explicamos acima, mesmo que a fórmula desta outra forma de consagração não explicite isso.
O diferencial da forma proposta por São Luis Montfort é que a fórmula expressa isso claramente, e a leitura do livro, bem como os 30 dias de preparação que ele propõe, tem como objetivo preparar a alma para este ato de Consagração Total.
3. Isso significa que, fazendo a Consagração, eu poderei me prejudicar no sentido de sofrer mais no purgatório, por ter renunciado aos meus bens espirituais?
São Luís responde sobre isso claramente no Tratado (n. 133), e diz que não!
Que Nosso Senhor e Sua Santíssima Mãe são mais generosos neste e no outro mundo, com aqueles que mais generosos lhe forem nesta vida… Ou não confiamos na Justiça e na Misericórdia de Deus?
Como acontecerá isso, não sabemos, é um mistério!
Pois está é a renúncia do Evangelho: é renunciar é ganhar cem vezes mais (Mc 10, 28-31). É perder pra ganhar.
Mais do que uma renúncia, poderia-mos dizer, a Consagração é um investimento; é colocar nossos bens mais preciosos nas Mãos Daquela que sabe administrá-los melhor do que nós, porque é a Grande Tesoureira de Deus; é colocar nossos bens na Arca do Imaculado Coração de Maria.
Alguns sugerem que Deus e Sua Mãe usem os bens espirituais de um consagrado para beneficiar outros consagrados.
Assim, os bens espirituais entregues nas Mãos Imaculadas da Virgem Maria multiplicam o seu valor, e os bens de um consagrado podem beneficiar muitos outros consagrados, e todos aqueles que Deus desejar.
4. Isso significa que, tendo feito a Consagração, eu não poderei mais fazer pedidos a Deus e a Virgem?
Poderei, sim, é o que São Luis responde no Tratado (n. 132).
O que eu não poderei mais é oferecer o valor das minhas obras por uma intenção particular (ex: fazer um jejum por uma determinada intenção), pois o valor das minhas obras, no ato de Consagração, já foi oferecido a Virgem, para que Ela, que sabe adminsitrar melhor do que, disponha livremente deste valor, para usa-lo segundo o Seu Coração.
Já fazer pedidos, eu posso; e com mais confiança ainda: pois serão os pedidos de um súdito que, por amor, entregou todos os seus bens a Sua Amada Rainha, e pede com a confiança de quem sabe que conta com toda a benevolência Dela.
Obs: São Luis ainda garante que essa Consagração é compatível com o estado de vida de cada um, e por isso não prejudica os deveres de estado de cada vocação; por exemplo, de um sacerdote que, por dever ou outro motivo, deve oferecer a Santa Missa por alguma intenção particular; pois a Consagração deve ser feita segundo a Ordem de Deus e os deveres de estado de cada vocação (n. 124).
5. Em que sentido se dá a “escravidão” à Virgem Maria? Parece algo tão estranho este termo…
É “estranho” porque precisa ser compreendido em seu significado espiritual. Se dá no mesmo sentido que a Virgem disse ao Arcanjo São Gabriel na Anunciação: “Eis aqui a Escrava do Senhor, faça-se em mim conforme a Tua Palavra.” (Lc 1,38) Se dá também no sentido do que Jesus viveu, como diz São Paulo aos Filipenses (F2, 7): “Aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de Escravo”.
São Luis mostra que naquela época não existia “servos / empregados” como existe hoje, e existia apenas escravo. A diferença é que o servo não depende totalmente do seu senhor, o escravo depende! A Virgem, em sua liberdade, é Escrava por Amor, porque quis se entregar inteiramente ao Serviço do Seu Amado, do Deus que Ela ama! Por esta consagração total, seguimos o exemplo da Virgem, nos entregando, por amor, para sermos “escravos de Jesus”, ou “escravos de Jesus por Maria”, ou ainda “escravos de Maria”. Todos estes termos estão corretos, diz São Luis, entendendo bem o seu significado.
E por esta Consagração, seguimos também o exemplo de Jesus, que se submeteu totalmente a Sua Santíssima Mãe quando se encarnou e foi gerado por Ela!
As referências para este assunto estão nos números 68 a 77 do Tratado, e do número 139 a 143.
6. Há alguma prática exterior obrigatória para que a Consagração se efetive?
Não há no Tratado nenhuma evidência que ateste isso.
Pelo contrário: São Luis fala no Tratado (n. 226) que a Consagração é essencialmente interior.
E que as práticas exteriores (oração do Rosário, do Magnificat, prática da penitência, trazer junto de si um sinal externo da Consagração, ingresso em movimentos marianos, preparação de 30 dias de oração antes da Consagração, etc) são recomendáveis, mas não são moralmente obrigatórias para um consagrado (pois não se faz nenhum voto, nesse sentido, ao se fazer a Consagração), nem são necessárias para que a consagração seja válida.
Até porque São Luis Montfort, que propõe todo este método de Consagração, não criou a Consagração, nem é um rito que ele insituiu; inclusive ele fala de muitos santos que viveram essa Consagração antes dele.
O que São Luis nos dá é um método para nos ensinar e ajudar a se preparar e a viver esta Consagração.
7. A Consagração implica em voto de celibato?
Não. São Luis deixa claro que a Consagração é um ato interior, e não menciona o celibato quando fala dos práticas exteriores recomendáveis.
A consagração do corpo, que a Consagração implica enquanto entrega total da pessoa, pode ser vivida pela virtude da castidade no estado de vida de cada um: os casados vivendo a sexualidade de acordo com o projeto de Deus, os não-casados vivendo na continência, os celibatários entregando-se inteiramente a Nosso Senhor e sua Mãe Santíssima no seu celibato (ver Catecismo da Igreja Católica, n. 2348-2356).
8. Sou muito pecador! Isso é motivo para não fazer a Consagração?
Não, senão ninguém se consagraria!
É exatamente o contrário: a Consagração Total nos ajuda a sermos santos!
O que São Luis fala que é necessário (n.99), neste sentido, é a firme resolução de evitar o pecado mortal, o esforço para evitar outros pecados e a busca de uma autêntica vida de oração, penitência e apostolado.
O que, de alguma forma, é obrigação de todo o cristão…
9. Existe alguma data específica para que a Consagração seja feita?
Não há evidencias disso no “Tratado”, mas o costume é que seja em uma data mariana.
10. Como são estes 30 dias de preparação?
São orações simples, mas como uma intenção profunda, que São Luis propõe que se faça durante 30 dias, renovando todos os anos quando se renova a Consagração, da seguinte forma (n. 227-233):
A lista das orações e os textos delas encontram-se no apêndice do “Tratado”, ao menos na ediçào das Vozes, com as traduções para o português; as orações podem ser rezadas em português):
- 12 dias preliminares pedindo o desapego do mundo, rezando a cada dia “Veni, Creator Spiritus” e “Ave Maris Stela”.
- 1ª semana (6 dias) pedindo o conhecimento de si mesmo, rezando a cada dia “Ladainha do Espírito Santo” e “Ladainha de Nossa Senhora”.
- 2ª semana (6 dias) pedindo o conhecimento da Virgem Maria, rezando a cada dia “Ladainha do Espírito Santo”, “Ave Maris Stela” e um Terço.
- 3ª semana (6 dias) pedindo o conhecimento de Nosso Senhor, rezando a cada dia a “Ladainha do Espírito Santo”, “Ave Maris Stela”, “Oração de Santo Agostinho”, “Ladainha do Ssmo. Nome de Jesus” e “Ladainha do Sagrado Coração de Jesus”.
11. No dia da Consagração, o que se faz?
Se comunga (estando devidamente preparado, evidentemente; recomenda-se inclusive a confissão no próprio dia, se possível), se escreve a fórmula da consagração (se encontra no final do Tratado, chamada “Consagração de si mesmo a Jesus Cristo, Sabedoria Encarnada, pelas mãos de Maria”) e se assina, atestando a consagração interior.
Recomenda-se ainda que neste dia se faça alguma forma de penitência (n. 231-232).
12. Não li o “Tratado” ainda. Posso me Consagrar, ou iniciar os 30 dias de preparação, mesmo assim?
A nível geral, recomendamos que não se Consagre, e nem mesmo que se inicie os 30 dias de preparação sem a leitura completa do Tratado, pois como se poderá preparar bem para a Consagração, sem a conhecê-la bem?
Além do mais, a Consagração é feita uma vez na vida, e portanto, é importante que se faça com esta preparação.
Até porque a Consagração poderá ser feito em outro momento mais para adiante, após a leitura do livro.
Provavelmente organizaremos outros “arrastões” para a Consagração em grupos em outras datas; e a Consagração também pode ser feita de forma de isolada, em uma data à livre escolha da pessoa.
Assim, recomendamos que iniciem os 30 dias de preparação aqueles que completarem a leitura do Tratado.
13. Falhei em algum exercício prático nos 30 dias ou no dia da própria Consagração, ou então cometi algum pecado mortal durante a preparação. Devo desistir de me consagrar no dia que propus?
Recomendamos, a nível geral, que não desista, e faça consagração!
Pois como dissemos, ela é um ato interior, não depende necessariamente dos atos exteriores de preparação, o demônio odeia a consagração, e poderá se utilizar de um escrúpulo nosso em não ter cumprido 100% a preparação para nos tentar a desistir de fazer.
Por isso, recomendamos que não se desista por algumas falhas nesse sentido.
No caso de uma queda em pecado mortal, que haja, evidentemente, arrependimento e se busque a Confissão o mais rápido possível.


domingo, 17 de agosto de 2014

O GRANDE MILAGRE


AS 3 DESORDENS DO PECADO

O livro do Gênesis diz que “Deus criou o ser humano à sua imagem” [1]. Antes disso, o pecado já existia, não por natureza, mas pela má vontade dos anjos decaídos, os demônios. Foram eles quem, por inveja, se aproximaram do primeiro homem para tentá-lo. Até então, Deus o havia colocado em um jardim de benesses [2], com múltiplas possibilidades de árvores e animais para comer e inúmeras coisas para fazer, tendo proibido apenas uma coisa: “Podes comer de todas as árvores do jardim. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não deves comer, porque, no dia em que dele comeres, com certeza morrerás” [3].
Por medo da morte e pelo aviso divino, Adão e Eva não tinham comido da árvore, até que o demônio lhes tentou, invertendo o apelo de Deus e transformando em atrativo aquilo que era proibido: “De modo algum morrereis. Pelo contrário, Deus sabe que, no dia em que comerdes da árvore, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal” [4]. Seduzidos pelo maligno, os primeiros pais pecaram e a desordem entrou na humanidade.
Para este curso de Terapia das Doenças Espirituais, o relato do livro do Gênesis sublinha um fato de notável importância: quando a serpente apresentou o fruto da árvore à mulher, ela “viu que seria bom comer da árvore, pois era atraente para os olhos e desejável para obter conhecimento” [5]. Estas três realidades – “comer”, “atraente para os olhos” e “desejável para obter conhecimento” – perpassam toda a história da humanidade: representam a tendência do homem para o prazer, para possuir as coisas e para o poder, essa última entendida como uma espécie de astúcia operativa.
São João entendeu bem isso, quando escreveu que “tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a ostentação da riqueza [a soberba da vida] – não vem do Pai, mas do mundo” [6]. E o próprio Senhor, no deserto, foi tentado pelo demônio com essas três matérias [7]. Primeiro, Satanás propôs a Ele que transformasse pedras em pão, a fim de comer. Depois, “mostrou-lhe, num relance, todos os reinos da terra” e prometeu dar-Lhe tudo aquilo, se Se prostrasse diante dele. Por fim, tentou Jesus a fazer uma demonstração de poder: “Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo”. Nosso Senhor venceu as três tentações, mostrando ao homem que é possível, com a Sua graça, vencer a carne, decaída pelo pecado original.
Mas, que são essas três coisas que com razão se podem chamar de “raízes” do pecado? Tratam-se de três libidos ( libidines, em latim). As duas primeiras são chamadas por São João de “ἐπιθυμία” (lê-se: epithumía) – assim, há a “ἐπιθυμία τῆς σαρκὸς”, que é a concupiscência da carne, e a “ἐπιθυμία τῶν ὀφθαλμῶν”, que é a dos olhos –, pois estão radicadas na potência concupiscível do homem. A terceira, por sua vez, está na potência irascível: é a “ἀλαζονεία τοῦ βίου”, a soberba da vida.
A primeira, a libido amandi, é o apetite desordenado que “tem por objeto tudo o que pode fisicamente sustentar o corpo seja para a conservação do indivíduo, alimento, bebida etc., seja para a conservação da espécie, as coisas venéreas” [8]. O objeto dessa concupiscência é tanto a gula quanto o sexo desordenado, que é o vício da luxúria. É curioso que, na mesma época em que se vê o fenômeno da anorexia, de meninas que morrem de fome porque não querem comer, percebe-se uma humanidade que busca o prazer venéreo, mas não quer assumir a responsabilidade dos filhos. As pessoas querem comer, mas não querem engordar; querem fazer sexo, mas não querem estar abertas à vida.
A segunda, a libido possidendi, “é concupiscência animal, e tem por objeto as coisas que não se apresentam para a sustentação e o prazer da carne, mas que agradam à imaginação [delectabilia secundum apprehensionem imaginationis] ou a uma percepção semelhante, por exemplo, o dinheiro, o ornato das vestes, e outras coisas deste gênero. É esta espécie de concupiscência que se chama de concupiscência dos olhos” [9].
A terceira é a libido dominandi. É a soberba fundamental de querer ser igual a Deus, como fez Satanás. Enraizada no irascível, essa libido deseja o bem enquanto algo árduo: “Quanto ao apetite desordenado do bem difícil, pertence à soberba da vida, sendo que a soberba é o apetite desordenado da excelência [appetitus inordinatus excellentiae]” [10].
É para combater essas três causas do pecado que se praticam as três obras quaresmais: o jejum, a esmola e a oração; e também os três votos evangélicos: a castidade, a pobreza e a obediência. Também aqui se identificam os nossos relacionamentos com o outro, com as coisas e conosco mesmos. Se abusamos de outra pessoa, usando-a como objeto para obter prazer, estamos cedendo à concupiscência da carne; se idolatramos as coisas, pensando estar nelas a nossa felicidade, cedemos à concupiscência dos olhos; e se fazemos de nós mesmos deus, estamos na soberba da vida.
Deus criou o homem para que ele participasse de Sua divindade, mas ele deveria sê-lo pela graça, não por suas próprias forças. Quando Eva “se apega ciosamente ao ser igual a Deus”, ela rouba, com “ἁρπαγμὸς” (lê-se: harpagmós): as suas mãos se fecham para pegar para si. As mãos de Cristo são o contrário das mãos de Eva: elas se abrem para dar. Enquanto Eva quis, Cristo tudo entregou. Enquanto as mãos de Eva se voltam ao lenho para pegar, as de Cristo se deixam pregar ao lenho da Cruz para dar. Da primeira árvore nos vêm a desgraça e a morte; da segunda, a graça e a vida, a nossa salvação.

ASSISTA O VÍDEO DO PADRE PAULO RICARDO

Pe. Paulo Ricardo

COMPREENDENDO A NOVA ERA

Em síntese: A corrente filosófico-religiosa “Nova Era” é um amálgama de esoterismo, hinduísmo (com panteísmo e reencarnação), holismo, comunicação com os mortos, medicina alternativa, gnosticismo e também Cristianismo. Carece de nítida estrutura de pensamento, como também de um governo central. Tem-se expandido notavelmente, porque parece conciliar entre si modos diversos de pensar e agir. Pode-se dizer que Nova Era é a expressão da insatisfação do homem moderno, que experimenta o vazio causado pelo materialismo e as rápidas mudanças da sociedade contemporânea. Os adeptos da Nova Era recusam o que o mundo atual lhes oferece, mas nada de positivo têm a pôr no lugar dos valores tradicionais, pois as mensagens do esoterismo, do channeling, da ufologia, da gnose (…) são altamente fantasiosas e subjetivas; as emoções e os sentimentos prevalecem sobre a lógica e o raciocínio. – Aos fiéis católicos compete responder ao desafio de Nova Era mediante a transmissão integral e convicta da mensagem cristã guardada na Igreja Católica; saibam associar palavra e conduta de vida, pois o homem moderno se interessa grandemente pela coerência e sinceridade com que os fiéis vivem sua crença religiosa.
A corrente filosófico-religiosa dita “Nova Era” está sempre em foco, suscitando novas e novas interrogações. Em 1993, foi publicado em português o volume “Compreendendo a Nova Era”, da autoria de Russell Chandler, escritor-jornalista do Los Angeles Times.¹ Impressionado pelo movimento religioso norte-americano, R. Chandler resolveu pedir oito meses de licença ao seu jornal para estudar a fundo o fenômeno “Nova Era”. Aproveitou então esse tempo para fazer uma pesquisa extensa e profunda, entrevistando pessoas, lendo obras, assistindo a palestras …, que lhe permitiram escrever o volume em pauta. – Realmente, a obra de R. Chandler fornece informações múltiplas e preciosas sobre a Nova Era. Eis a razão pela qual a utilizaremos nas páginas subsequentes para abordar o assunto já considerado em PR 379/1993, 554-572. Dada a atualidade do tema e o interesse dos leitores por claras notícias a respeito, pode-se Ter como oportuna mais uma apresentação do assunto enriquecida por dados novos.
Começaremos por perguntar:
QUE É A “NOVA ERA”?
O autor assim abre o seu capítulo 1:
“Desencorajador! Este foi o adjetivo que demos a um imenso quebra-cabeça que escolhemos, certo feriado, dentro do armário cheio de jogos (…)
Quando, no verão de 1987, planejei escrever um livro que fizesse sentido acerca do amorfo movimento da Nova Era, isso também pareceu-me uma tarefa desencorajadora. Havia tantas peças e pedacinhos. Havia fronteiras incertas. Havia sempre novas esferas de atividade. Havia um elenco giratório de personagens (…)
Apesar de estar tão em moda, é muito difícil definir a Nova Era, pois suas fronteiras são imprecisas. Trata-se de um caleidoscópio sempre em mutação de “crenças, hábitos adquiridos e rituais”, conforme a revista Time observou com razão em seu artigo de fundo da edição de 7 de dezembro de 1987, New Age Harmonies” (pp. 15-17).
O autor assim esboça o que seja Nova Era: é um amálgama ou uma confluência de várias correntes de pensamento heterogêneas, que têm ao menos um fio condutor comum: a recusa, um tanto confusa e irracional, do pensamento e dos valores convencionais, em favor de certas posturas teóricas e práticas novas (novas, porque “provenientes do além” ou do aprofundamento de elementos misteriosos). Daí a expressão “Nova Era”. Mais precisamente: estaríamos na transição da Era de Peixes (era colocado sob o signo de peixes) para a Era de Aquário ou Aguadeiro (jovem que traz um cântaro de água que ele vai derramar em sinal de bênção, conforme o Zodíaco e a Astrologia).
E quais seriam os elementos que confluem na Nova Era? – Podemos recensear sete deles.
O Pensamento Hindu
Predomina nas expressões da Nova Era o hinduísmo, muito voltado para a mística e o invisível – o que corresponde a um anseio do homem ocidental; vários mestres budistas têm feito escola no Ocidente, como também muitos cidadãos ocidentais têm ido procurar na Índia alguma resposta para as suas aspirações.
O hinduísmo tem duas grandes notas características: o panteísmo e o reencarnacionismo. O panteísmo identifica a divindade, o homem e o mundo entre si. Essa identificação condiz bem com o holismo, concepção filosófica subjacente e muitas teses da Nova Era: holon, em grego, significa todo a Nova Era entende que todas as coisas formam um só todo (holon). Este princípio retorna frequentemente nos escritos da Nova Era:
“O antigo paradigma que divide, separa e analisa, precisa de ser descartado – até mesmo apagado de forma terminante – para que seja aberto espaço para a nossa suposta unidade entre a realidade e o divino. Tudo é Uno; Deus é Tudo, e Tudo é Deus. A humanidade é endeusada, a morte é negada, e a ignorância – e não o mal – passa a ser o inimigo” (p. 37).
A crença na reencarnação é corolário lógico do panteísmo: se não há Deus distinto do homem e Salvador, é a própria criatura que se deve salvar… e ela o faz mediante duas ou mais encarnações, necessárias para que se desvincule totalmente do apego das paixões.
A Comunicação com os Mortos
Chama-se, na Nova Era, “canalização” a comunicação com os mortos; os médiuns são “canalizadores” ou “canais”. Estes põem-se em transe para poder entrar em contato, como dizem, “com algum espírito, mestre desencarnado, habitante de outro planeta ou mesmo com alguma entidade animal altamente evoluída” (p. 99).
As canalizações incluem a psicografia; poesia e peças musicais são assim captadas do “fundo mental” dos mestres, como dizem. – Entre os canais de grande renome está o brasileiro Luiz Antônio Gasparetto, que dirige um Centro Espírita para os pobres em São Paulo e leva ao ar um programa semanal de televisão, durante o qual diz receber cinquenta artistas, “mestres antigos”: Renoir, Picasso, Goya, Van Gogh e Toulouse-Lautrec… Estes misturariam as tintas, as poriam nas mãos de Gasparetto, movimentariam rapidamente os seus braços e mãos sobre o papel ou a tela … É também canal de grande fama o pastor protestante Neville Rowe, engenheiro eletricista formado, que serve de canal para Golfinhos e também para Soli, um habitante de planeta distante das Plêiades!
Nossa Senhora do Rosário estaria falando através de Verônica Leuken, uma católica ultra-tradicionalista. A Virgem SS. Teria revelado que o Pe. Teilhard de Chardin S. J. (+ 1955) se acha no inferno e que o presidente John Kennedy está no purgatório “por não Ter manuseado direito a crise dos mísseis em Cuba” (p. 102).cpa_a_nova_era
“Os protestante conservadores geralmente identificam as entidades canalizadas com maus espíritos ou demônios. De acordo com este ponto de vista, as entidades são reais, mas mentem para as pessoas” (p. 105).
Há, porém, quem julgue que “os médiuns estão ludibriando propositalmente os seus clientes, a fim de obterem fama ou lucro ou ambas as coisas”” (p. 106).
Objetos Voadores e Inteligências Extra-Terrestres
É parte integrante do amálgama da Nova Era a aceitação de discos voadores (OVNI) e de seres extra-terrestres (Ets).
“Os americanos são desesperadamente curiosos de coisas como os objetos voadores não identificados (OVNI) e as Inteligências Extra-terrestres (IETs)” (p. 110).
Um médium da Nova Era, Darryl Anka, “afirma que foi o primeiro a detectar Bashar, um ser extra-terrestre proveniente da constelação de Órion, quando ele (Anka) e alguns amigos puderam ser fisicamente, em plena luz do dia, de perto, a nave de Bashar sobre Los Angeles” (p. 111).
“Ruth Norman, de oitenta e seis anos de idade, a quem o People’s Weekly chamou “a grande dama dos espíritos da Nova Era”, é proprietária de sessenta e sete acres nas imediações de San Diego da Califórnia, onde, no ano de 1002, ela espera que aterrissem trinta e três espaçonaves interligadas, cada qual trazendo mil habitantes de outros planetas, inaugurando assim a era de UNARIUS (Universal Articulate Interdimensional understanding of Science)” (People Weekly, 26/01/1987, p. 31).
“No livro Out on a Limb, Shirley MacLaine “vê” veículos cheios de seres extraterrestres. Esses estariam mencionados no livro do Êxodo, quando “o povo hebreu saiu do Egito e atravessou o Mar Vermelho” (14,19-22); e também percebe uma espaçonave na visão das rodas do profeta Ezequiel (Ez 1-10)” (p. 111).
“Uma pesquisa da Gallup, feita em 1987, mostrou que 50% dos americanos acreditam na existência de discos voadores – a mesma proporção dos que crêem que os seres extraterrestres são reais – e uma em cada dez pessoas disseram que já tinham visto algo que pensavam ser algum OVNI” (p. 112).
“Os filmes de Stephen Spielberg, como E. T. e Encontros do Terceiro Grau têm fomentado a chamada ufologia (estudo sobre os objetos voadores não identificados), onde os visitantes do espaço exterior são sempre tipos amigáveis, sábios e benévolos.
Mas os relatos de seres malévolos também têm aparecido aos montões. O livro Communion, do escritor de fantasias Whitley Strieber, esteve entre os títulos mais vendidos no verão de 1987. A sinistra estória, que Strieber insiste ser veraz, é seu relato de Ter sido sequestrado para o interior de uma espaçonave por uma horda de alienígenas com 90 cm de altura” (p. 112).
George King, o inglês que é a luz orientadora da Sociedade Aetherius, sediada em Los Angeles, afirma ter entrado em contato com o “Mestre Jesus” e com uma multidão de inteligências espaciais. E prediz que um “Novo Mestre” virá “em breve  e publicamente em um disco voador” (p. 115).
“Também há o culto Bo and peep, algumas vezes chamados de “Os Dois”. Em meados da década de 1970, essa misteriosa dupla proclamou que, para escaparem da vindoura catástrofe, os crentes precisavam vender tudo, abandonar seus familiares e amigos e não se desgrudar de Bo and Peep, até que espaçonaves, descendo à Terra, sugassem-nos todos para a segurança em um redemoinho astral” (p. 115).
“Alguns grupos protestantes conservadores acreditam que os contatos com os OVNIs com as IETs são causados pela atividade demoníaca (a mesma explicação que oferecem quanto às entidades canalizadas) – aquilo a que o observador de seitas, David Fetcho, se referiu, ao falar em espíritos demoníacos que obtiveram o poder de realizar materializações reais no terreno físico” (p. 117).
Medicina Alternativa
A Nova Era fala de “saúde holística”, ou seja, a saúde que envolve todo o homem em seus aspectos físico e espiritual. O pressuposto aquariano do holismo aplica-se também a este setor, e leva a crer as doenças têm fundo psíquico, devendo-se a falso acúmulo de energias; consequentemente, podem ser curadas pela sugestão, por placebos e pela emissão de energias saudáveis.
“De acordo com a medicina oriental, a dor é entendida não como um sintoma, mas como um acúmulo de energia em algum local do corpo, energia essa que, se for corretamente redistribuída, poderá restaurar a saúde e equilibrar hamonicamente o corpo. A energia – energia psíquica – corrige ou equilibra as incorreções orgânicas” (p. 206s).
“A acupuntura e suas terapias correlatas da acupressão (shiatsu) e da reflexoterapia também fazem uso da crença de que o fluxo da energia pode ser redirecionado para que haja um equilíbrio de energias curativas, ou mediante a inserção de agulhas (acupuntura) ou por meio da aplicação de pressão (acupressão e reflexoterapia) a pontos específicos do corpo” (p. 207).
Além disso, várias outras táticas são aplicadas pela medicina holística:
- a reflexoterapia, que, efetuando massagens sobre pontos precisos dos pés, produz rápido alívio nas partes do corpo em que isto se faça necessário;
- a iridologia ou diagnóstico da íris: o olho, sendo o espelho da alma, a observação da íris pode detectar o que está errado na vesícula biliar ou em qualquer outro órgão do corpo;
- a leitura da aura ou dos campos coloridos eletromagnéticos etéreos que circundam o corpo humano; disto se segue a massagem correta, a terapia pelos aromas, pelas cores, pelos cristais, pelas vestes … destinados a restaurar a vibração correta do organismo;
- a ioga, a massagem do Rolfing pretendem expelir as energias negativas acumuladas no corpo físico;
- vitaminas, sais minerais, dieta vegetariana, remédios homeopáticos “formam raios adicionais da bem azeitada roda holística da saúde. Essa revolução tem produzido para a nação norte-americana mais de seis mil lojas naturais, com vendas calculadas em três bilhões e trezentos milhões de dólares somente no ano de 1987″ (p. 209);
- a cirurgia psíquica ou por “médicos do espaço! Também é praticada;
- o recurso aos placebos ou ingredientes neutros, que sugestionam o paciente para que se sinta melhor ou curado:
“O Dr. Wayne Oates, professor e autor, publicou os resultados de treze estudos sobre pacientes onde um grupo de pacientes com dores crônicas recebeu apenas pílulas açucaradas, enquanto outro grupo recebia medicação para aliviar as dores. Trinta e cinco
por cento dos pacientes que não tomaram remédios, tiveram um alívio de, pelo menos, metade da dor, porquanto tinham acreditado que estavam recebendo os medicamentos certos” (p. 212).
por Russell Chandler
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, osb
Nº 384 – Ano 1994 – p. 194