quarta-feira, 30 de abril de 2014

NA PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO

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Ontem pela manhã falávamos da necessidade de voltarmos ao essencial na RCC. Não é pecado termos sido atraídos para a RCC por causa das coisas secundárias, como as curas, os carismas, etc. O problema é quando começamos a nos contentar com a periferia da graça, com o superficial, com aquilo que é secundário.
Você vai notar que muitos servos já passaram pela RCC inflamados, mas hoje já não estão mais na RCC e até mesmo na Igreja. O que faltou? A centralidade na identidade profética da RCC. A finalidade da RCC não se esgota no Batismo no Espírito Santo. Enquanto estrutura, a própria liderança da RCC por vezes valoriza demasiadamente o secundário. Se tenho o essencial automaticamente tenho o secundário.
O que nos distingue dos outros Movimentos, Pastorais, Associações, etc é o Batismo no Espírito Santo que tem ainda hoje razoável resistência por setores da Igreja, não pela sua essência que é indiscutível, mas quanto à nomenclatura. Nesse sentido, o Magistério da Igreja não favorece a reflexão e, por isso mesmo, não favorece a experiência. Ora, se já temos o Espírito Santo, que história é esta de pedir mais Espírito Santo? Nos perguntam. Isso reflete o equívoco no entendimento do termo. Logo, a massa teológica da Igreja não consegue alcançar bem este entendimento.
Hoje, a cada dia mais estas barreiras vêm caindo. Pentecostes não é da RCC, mas fomos chamados a colocar em destaque esta graça. Quando Deus chama uma expressão, Ele a dota de uma especificidade que precisa ser exercitada para que haja coerência com o querer de Deus. Quando fugimos disso, perdemos a razão de ser como o sal que perde o sabor. Temos algo de próprio que precisa ser considerado sempre. Exemplo: Deus chamou uma Associação chamada de Vicentinos que foram chamados ao exercício das Obras de Misericórdia. Ora, as Obras de Misericórdia são só para os Vicentinos? Claro que não. Mas eles fazem uma leitura própria disso. Assim também ocorre com a RCC.
Se vivermos fiéis a esta vocação nossa cidadania cristã será completa. Não podemos, pois, fazer de conta que somos carismáticos, e vivermos na alternativa, na superficialidade. Se assim o fizermos aí sim haverá sentido em orarmos em línguas, falarmos em profecia, porque conhecemos e experienciamos aquilo que dá consistência a todas estas coisas.
Ora, se conheço o Espírito Santo de A a G, só me abro até este limite. Se amplio esta visão, e isso implica em predisposição de coração e de mentalidade, posso descobrir o algo além, que o Espírito pode fazer de A a Z, por exemplo. A experiência do BES dá sentido, dá-nos a razão de ser. É uma experiência fundante. Quando nossos Grupos de Oração saem desta visão, passam a ser um grupo de reza, uma reunião de partilha, e não foi para isso que fomos chamados, embora sejam coisas boas. Para sermos testemunhas eficazes de Jesus nos tempos de hoje, precisamos desta experiência; para aqueles que não a tiveram, a descoberta maravilhosa deste Deus; para os que já a tiveram, uma repleção. Esta experiência não nos dá um poder de glamour, mas um poder espiritual para testemunhar Jesus Cristo, mesmo preso, chagado, etc. Testemunhá-lo com poder é nosso papel. O Espírito que vem em Pentecostes é para todos, sem distinção de pessoas. Não vem só uma vez, mas no próprio Livro dos Atos dos Apóstolos há várias efusões do Espírito. Há pessoas com resistências para com esta experiência, há outros que acham que já a tiveram e na verdade não.
As pessoas têm o Espírito Santo pelo Batismo, pela Crisma, alguns pela Ordem, mas não está de forma visível. Precisamos orar para que este Espírito apareça e aja em nós de forma visível. Você é carismático? Que efusão do Espírito você recebeu? Em muitos lugares, lamentavelmente, o Batismo no Espírito Santo tem sido banalizado ou trivializado. O descuido, o despreparo, a falta de unidade com as orientações da RCC têm nos levado a isso. Por vezes, fazemos de conta que fomos batizados no Espírito e Deus “faz de conta” que derramou seu poder espiritual. Há uma preparação para uma experiência meramente de ambiente e não de sentido.
Assim como há café descafeinado, leite desnatado, cerveja sem álcool, hambúrguer de soja, ou seja, coisas que não são o que aparentam ser, assim nós, muitas vezes, estamos oferecendo uma experiência religiosa que não é de sentido, que não é aquilo que aparenta ser. É um emocionalismo. Na verdadeira experiência Jesus se mostra como verdadeiramente Ele é, os frutos, as vocações, a vida nova surge. É uma experiência que muda as pessoas. Porém, a efusão passou a um segundo plano, no qual parece que ela não seja a mais importante para se viver a renovação. “A cada nova missão e vocação deve corresponder uma nova efusão no Espírito” (S. Tomás de Aquino). Deste desleixo, começa o achatamento da RCC. Quanto ao resto ela não se difere das outras expressões. Às vezes, confiamos mais na nossa própria capacidade e quem dá a si mesmo com certeza irá se desgastar.
A experiência de Pentecostes não se esgota naquela primeira experiência pessoal. O Senhor quer nos dar mais Espírito Santo. “O mundo precisa de santos e vós sois tanto mais santos quanto mais deixardes que o Espírito Santo vos configure à Pessoa de Jesus Cristo. Eis o segredo da efusão do Espírito, caminho de crescimento proposto por vossos Grupos de Oração e vossas comunidades” (Papa João Paulo II). Para ter mais Jesus Cristo é preciso ter mais Espírito Santo. Eu quero mais de Ti, Senhor. Não quero uma efusividade que termine depois de amanhã.
Reinaldo Bessera dos Reis 

domingo, 6 de abril de 2014

BRUXA DA COLÔMBIA SE CONVERTE AO CATOLICISMO

Durante duas décadas, entre os anos 70 e 80, foi a bruxa mais famosa da Colômbia. Políticos, artistas e narcotraficantes solicitavam seus serviços, até que um dia se encontrou com uma religiosa, recebeu um exorcismo e abraçou a fé católica que agora proclama.
Faz uns dias o jornal El Tiempo publicou uma entrevista na qual a ex-bruxa -cuja identidade mantém em reserva- relatou os perigos da bruxaria, narrou com detalhes seu exorcismo e sua surpreendente conversão.     rosario
“As pessoas pensam que não há nada de mal em que lhe adivinhem a sorte”, adverte e assegura que assim permitem que o mal entre nelas.
Agora é mãe de família, lidera um grupo de oração, viaja pelo país advertindo sobre a bruxaria e promove a causa pró-vida ajudando muitas jovens a desistirem do aborto. As suas armas principais são a oração do Santo Terço e a Missa diária.
A mulher está convencida que “quando entregamos tudo a Cristo e lhe pedimos que faça o que queira conosco, o Senhor é maravilhoso e misericordioso. Eu continuo pecando, mas Deus vai tirando um por um, até eliminá-lo”.
Ela começou as práticas de bruxaria quando era muito jovem, quando costumava visitar uma pessoa para que lhe adivinhe a sorte. Começou com a leitura de cartas e o cigarro até converter-se em “especialista”.
Quando uma pessoa pratica a bruxaria mesmo que seja por curiosidade “abrimos nosso corpo e nosso coração para que entrem espíritos do mal. E esclareço: como existe Deus, existem a bruxaria e o poder do maligno”, assegura.
Agora recomenda que “aqueles que estejam metidos nestas coisas, procurem um sacerdote que os oriente e lhes faça uma oração de libertação, ou façam uma confissão de todo coração para que os perdoem desse atentado contra a fé de Deus. Se o caso for muito grave, talvez seja necessário o exorcismo. Mas deve ser com um sacerdote autorizado, não com qualquer um”.
Em sua nova vida, a mulher está convencida de que “para caminhar para Deus é preciso ensinar os outros a escolherem o caminho. As minhas palestras partem de uma vivência e o único que busco é que as pessoas não caiam no mesmo erro que eu caí e que não mudem o único Deus que existe por um monte de deuses”.
“Quando falo isso, estou querendo dizer que não temos a confiança plena no Senhor, nem a esperança nele. Não sabemos pedir-lhe e não o temos como Pai. E acreditamos que uma planta, uma bebida ou uma ferradura têm mais poder que Ele”.
Para a mulher, a bruxaria é algo de todas as épocas. “Veja a televisão e suas mensagens, que promovem àquelas pessoas a quem se pode acudir quando o marido vai embora ou quando o namorado não gosta mais. Ou então não são comuns os cartazes que dizem: ‘venha e falo para você sobre o seu futuro’? Claro! Na rua entregam papéis que dizem: ‘amarramos seu ser querido e se não acontecer, devolvemos o dinheiro’. A bruxaria é um negócio do maligno onde a pessoa algumas vezes acredita que está conversando e em outras sim sabe que com isso se faz o mal”.
“Sou inimiga do I-Ching, da nova era, do feng shui, porque tudo isto desagrada a Deus e eu quero levar Deus em meu coração. Preciso pedir fortaleza para não voltar a cair. Quando as pessoas dizem ‘não me entra nenhum mal’, eu dou risada porque para que não te entre nada tem que estar confessado, comungado e rezar o terço. Essas são as armas”, concluiu.

QUANDO OS FILHOS NÃO QUEREM IR PARA A IGREJA

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Muitos pais se preocupam quando seus filhos adolescentes ou jovens assumem uma postura negativa diante de Deus, levando em consideração que todos receberam os valores religiosos no lar e, justamente quando conquistaram um pouco de autonomia, liberdade e razão, decidiram rejeitar tudo o que possa representar Deus.
 
Quando esta situação se apresenta nas famílias, alguns pais podem reagir de maneira coercitiva, obrigando seus filhos a ir à Missa ou participar das diversas atividades religiosas. Outros pais optarão por deixar que os filhos se afastem e que voltem a se encontrar com Deus por conta própria.
 
Conscientes de que esta não é uma tarefa fácil, o importante é agir de maneira adequada, para impedir que esse afastamento vá crescendo, pois muitas vezes as reações dos pais vai criando mais distanciamento ainda nos filhos.
 
Antes de explicar o que fazer quando se dá esta problemática, devemos analisar alguns fatores determinantes:
 
A fé tem etapas
 
A fé também tem um ciclo natural na vida do ser humano. O Pe. Calixto o descreve assim: “Nossa vivência religiosa passa por quatro etapas: aquela fé da Primeira Comunhão; uma segunda, que vivemos durante a adolescência, repleta de incertezas, altos e baixos; a terceira, na qual a fé parece evaporar e morrer na vida adulta; e talvez uma quarta: a fé recobrada, quando ajudamos os filhos em sua religiosidade”.
 
A rebeldia como característica própria da adolescência
 
Nesta etapa da vida, os seres humanos passam por uma fase de inconformismo e querem mudar seu statu quo. Muitas vezes, nem sequer sabem contra o que estão se rebelando, mas essa busca de identidade é seu foco, é o que os leva a desestabilizar tudo o que os cerca, inclusive seus pais. Há casos em que não se rebelam diante de Deus, mas sim dos seus pais, que se tornam para eles uma ameaça constante.
 
Entendendo este contexto, percebemos que a raiz do problema é a busca de identidade, e não necessariamente a rejeição de Deus.
 
Más influências
 
Uma pessoa próxima do nosso filho pode estar questionando a fé. Não nos esqueçamos de que, durante a adolescência, os amigos são as pessoas mais influentes na vida dos nossos filhos. E uma má amizade pode causar muito dano. Ao ver seu filho contestando a religião, é recomendável começar indagando sobre seus amigos, convidando-os à casa e tentando ter contato com suas famílias.
 
Ao confirmar que é este o problema, o melhor não é proibir tal amizade, e sim usar outras táticas mais sutis, que possam ir distanciando seu filho da pessoa inconveniente.
 
Controle extremo
 
Seus filhos já não são crianças e isso precisa ficar claro. Eles cresceram, podem raciocinar, fazer escolhas e têm poder de decisão, ainda que sejam imaturos. Quando exercemos um controle exagerado sobre eles, eles podem ficar contra nós. Nessa idade, já se supõe que os educamos nos valores e confiamos na educação que lhes demos. Portanto, não é aconselhável obrigá-los a nada nem impor a religião, porque certamente acabarão rejeitando-a.
 
O que fazer, então?
 
- Acompanhá-los, nunca deixá-los sozinhos. É preciso acompanhá-los neste processo.
 
- Nada de censuras e repreensões. Mesmo sabendo que eles estão errados, não é bom fazer comentários que os façam sentir-se mal. O tema de Deus não pode se tornar um pesadelo; o diálogo ameno e positivo dará melhores resultados.
 
- Exemplo e coerência. Nada educa mais que o exemplo. Precisamos ser coerentes com a Palavra de Deus e fazer que nossos atos estejam de acordo com o que professamos. Se nossos filhos nos veem tratando bem as pessoas, sendo honestos, respeitosos, responsáveis, pacientes, caridosos, amorosos, eles captarão a mensagem e acabarão aceitando os benefícios de ter Deus na vida.
 
- Falar-lhes positivamente de Deus, como um amigo, não como um castigador. Precisamos transmitir-lhes os ensinamentos de Deus de forma positiva, pois o Senhor ama todos nós e perdoa nossas falhas. Apresentemos Jesus como seu amigo, seu companheiro, seu protetor.
 
- Rezar pelos nossos filhos. Esta é a melhor coisa que podemos fazer, colocando-os nas mãos de Maria, para que voltem a se aproximar do Senhor.