sexta-feira, 19 de agosto de 2011

RETIRO PARA JOVENS

Estão abertas as inscrições para o Geração Atomika 2011. O tema deste ano será: “Onde estão os filhos?” uma resposta para a campanha da fraternidade deste ano que fala da carta aos Romanos. Serão 3 dias de muita adrenalina Espiritual e muita oração. Vamos experimentar dias intensos de muita adoração e louvor, animação, Dança, Teatro e muito mais.
O que é Geração Atomika?

Geração Atomika é um mover do Espírito Santo. Um retiro para jovens que começou em 2005 no Rio de Janeiro, com um pequeno grupo de loucos que buscavam avivamento, numa escola pública em Realengo. Nesta escola realizamos um retiro para 180 jovens. Ali Deus nos inspirou uma Geração que explodisse com o pecado e as obras mortas de Satanás. Uma Geração que apontasse pro alto e fosse fiel nas pequenas coisas. Que ouvisse a voz de Deus, mas que olhasse para o outro, que estava ao lado. Uma Geração que movesse Céus e Terra para levar a palavra acima dos telhados, por todos os lugares, aos pobres, enfermos, oprimidos, sendo colo para este mundo enfermo de Deus. Assim nasceu esta Geração: como um ministério Jovem, que muito tempo depois se tornou a Comunidade Católica Colo de Deus. Depois deste ano levamos este mover do Espírito a muitas cidades: Rio de Janeiro, Campos dos Goytacazes, Curitiba, Laranjeiras do Sul, Araucária, Quitandinha e Fazenda Rio Grande. Venha se movimentar. Venha fazer parte dessa Geração. Uma bomba para este mundo, um mover para o Céu e as coisas de Deus.
Atrações e convidados

Na abertura, Sexta feira, teremos uma grande benção: O DJ Ice do projeto Deo Pactum tocará as melhores das pitas católicas numa balada Santa. No Sábado e Domingo, muitas atrações, louvor, pregação, adoração e música, muita música. Você não pode ficar fora dessa.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A FACE DE JESUS EM 3 D

CLIQUE AQUI E VEJA ESTE VÍDEO

Alvo de diferentes interpretações ao longo dos tempos, as características físicas de Jesus podem ter ganhado proporções mais próximas da realidade graças a um projeto usando tecnologia em 3D, realizado pelo Studio Macbeth em 2010. O resultado pode ser visto neste vídeo que editei.

Liderado pelo artista de computação gráfica Ray Downing, o projeto recriou a imagem de Jesus baseado no Sudário (lençol que muitos acreditam ter recoberto o corpo de Jesus após a crucificação) embora o artista reconheça que sua autenticidade é contestada no mundo científico. Para obter uma visão tridimensional de seu rosto, os especialistas empregaram a mais avançada tecnologia 3D e recursos da computação gráfica.

Foi enorme o desafio enfrentado pela equipe, que teve como material de apoio apenas um leve contorno do rosto de Jesus deixado no Sudário, prejudicado pela presença de sangue, terra, manchas de água, buracos e queimaduras. Mesmo com danos em seu material, o manto foi crucial para o projeto por conter elementos em três dimensões. Com isso, revelou características jamais vistas em pinturas ou obras de arte.

Apesar de não ser a primeira vez que a equipe do Studio Macbeth dá vida a um ícone da história - em 2009, eles recriaram a face do ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln em razão do bicentenário de seu nascimento, o projeto sobre Jesus se diferencia pelo trabalho em conjunto da ciência e da religião.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CELIBATO - Pe. Fábio de Melo

A graça de ser só

Ando pensando no valor de ser só. Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias. Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres. Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família.

Já presenciei discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar.

Eu também fico indignado, mas de outro modo. Fico indignado quando a sociedade interpreta a vida celibatária como mera restrição da vida sexual. Fico indignado quando vejo as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa ao contexto do “pode ou não pode”.

A sexualidade é apenas um detalhe da questão. Castidade é muito mais. Castidade é um elemento que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de fazer da vida uma experiência de doação plena. Digo por mim. Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço. O fato de não me casar, não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim a possibilidade de ser daqueles que precisam de minha presença. Na palavra que digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo.

Nunca encarei o celibato como restrição. Esta opção de vida não me foi imposta. Ninguém me obrigou a ser padre, e, quando escolhi sê-lo, ninguém me enganou. Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites. Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades. Tudo é tecido a partir dos avessos e dos direitos. É questão de maturidade.

Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só. Não vivo lamentando o fato de não me casar. Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço. Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade. Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade. Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em “propriedade privada”. Querem depositar sobre mim o seu universo de carências e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas.

Contra a castidade de um padre se peca de diversas formas. É preciso pensar sobre isso. Não se trata de casar ou não. Casamento não resolve os problemas do mundo.

Nem sempre o casamento acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão. Não trocam palavras nem olhares. Não descobriram a beleza dos detalhes que a castidade sugere. Fizeram sexo de mais, mas amaram de menos. Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho.

É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez. Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição. Só se casa aquele que quer. Por isso perguntamos sempre – É de livre e espontânea vontade que o fazeis? – É simples. Castos ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor. A fidelidade é o rosto mais sincero de nossas predileções.

Padre Fábio de Melo

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=11254